A história da Linha Grande Circular em Texto e Vídeo

A história da Linha Grande Circular em Texto e Vídeo

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A saudosa e famosa linha “Grande Circular”, um atendimento que faz parte da história de Jundiaí, relembre e conheça um pouco de sua história. A Grande Circular Imagine embarcar num ônibus que dá uma grande volta pelos bairros mais antigos [...]

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A saudosa e famosa linha “Grande Circular”, um atendimento que faz parte da história de Jundiaí, relembre e conheça um pouco de sua história.

A Grande Circular

Imagine embarcar num ônibus que dá uma grande volta pelos bairros mais antigos da cidade, essa era uma das primeiras linhas de ônibus de Jundiaí, que conectava o Centro aos bairros mais antigos da cidade, denominada de Grande Circular, ou Grade Circular Vila Argos e Grande Circular Vila Progresso.

A Grande Circular figurava como uma das primeiras linhas de ônibus de Jundiaí, que no decorrer dos anos seu itinerário foi sendo ampliado, dividindo-se entre a Grande Circular Vila Argos e Grande Circular Vila Progresso, uma fazendo o itinerário inverso da outra, passando pelos mesmos bairros e muitas vezes nas mesmas ruas. Era comum os ônibus se cruzarem nas ruas onde a mão era dupla, como a rua Capitão Curado.

Estação Ferroviária (1970), ponto final da Grande Circular e de outras linhas – Acervo Prof. Maurício

A denominação Vila Argos foi dada ao itinerário que partia da estação ferroviária e entrava na Rua XV de Novembro, atravessando a Vila Argos Nova. Já ao atendimento contrário a denominação Vila Progresso, por sair da estação e seguir direto para a Vila Arens e a Vila Progresso.

As duas linhas ou dois itinerários, atendiam os seguintes bairros além da região central: Vila Municipal, Vianelo, Vila Arens e Vila Progresso, passando por ruas principais, atendidas por outras linhas, e por ruas de pequenas vilas dentro de bairros maiores, como a Vila Argos Nova e Jardim São Bento, onde só o Grande Circular atendia. E justamente pelos dois itinerários passarem por várias ruas atendidas por outras linhas é que elas foram extintas. A primeira a ser extinta foi a Vila Argos, ainda nos anos 80. E na metade dos anos 90 a linha da Vila Progresso também foi extinta. Nessa reorganização de linhas, houve o acréscimo de horários e pequenas modificações em alguns itinerários, para que as linhas existentes continuassem atendendo os usuários da extinta Grande Circular. E não foi necessária tanta alteração, já que os bairros atendidos pela Grande Circular, por serem antigos e padrão classe média, muitas famílias passaram a ter sua própria condução, o que refletiu no número de passageiros, diminuindo ano a ano.

Na metade da década de 80, com a codificação das linhas, a Grande Circular Vila Progresso recebeu o número 503 e a Vila Argos 504. O dígito inicial 5 correspondia à empresa que operava a linha, a Viação Leme, que havia chegado a Jundiaí em 1984. Com as mudanças ocorridas na divisão das linhas e a extinção de algumas empresas, como a Auto Ônibus Jundiaí, Reunidas e Viação Caxambu no decorrer dos anos 80, posteriormente a Viação Jundiaiense ficou com a linha Grande Circular Vila Progresso, permanecendo a numeração da Leme, linha 503. Na transferência de empresa, o nome Grande Circular também foi eliminado, ficando apenas Vila Progresso.

Ônibus da linha 503 Circular Progresso – Marcel Prado

As Viagens na Grande Circular

Embora a Grande Circular tivesse ponto final na estação ferroviária, os passageiros poderiam ficar dentro do ônibus, e aguardavam uns minutos até dar o horário do motorista prosseguir a viagem. Por exemplo, o passageiro embarcava na Vila Arens para descer na Vila Municipal. Como a passagem pela Vila Arens (na linha Vila Argos) se dava no fim do percurso, o passageiro ficava dentro do ônibus estacionado na estação, normalmente de dez a quinze minutos. Partindo dali, o ônibus seguia para a Vila Argos, Centro, Vila Municipal… ou seja, era uma linha circular com um ponto final “simbólico”.

Claro que os motoristas e cobradores também não permitiam que os passageiros ficassem dando voltas e mais voltas somente com uma passagem paga. Mas como nem sempre era possível marcar o rosto do passageiro que não descia, muita gente arriscava dar duas, três ou quatro voltas, até finalmente ser notado pelo motorista ou cobrador, que gentilmente solicitava que o passageiro fosse até a catraca para pagar mais uma passagem. E tinha aqueles mais temerosos, que davam exatamente uma só volta completa, descendo no ponto onde haviam embarcado.

Sem dúvidas a Grande Circular marcou gerações e fez parte da vida de muitos jundiaienses até as décadas de 80 e 90.

Por: George André (In momeriam)

CONFIRA O VÍDEO COM O ITINERÁRIO DA LINHA GRANDE CIRCULAR VILA ARGOS

Confira o vídeo com o itinerário da linha Grande Circular, gravado pelo escritor George André

Fonte: George André / Acervo Maurício Ferreira

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