O JundMOB, portal especializado em mobilidade urbana regional, inicia hoje o quadro “Memórias de Jundiaí”, que irá resgatar um pouco da história do transporte coletivo, da mobilidade urbana e do urbanismo de Jundiaí, com muita informação, curiosidades e claro, histórias jundiaienses.
Nas próximas semanas iremos explanar os verdadeiros nomes dos terminais urbanos de Jundiaí, e quem foram essas pessoas homenageadas. Hoje começamos com o primeiro e maior terminal de ônibus de Jundiaí, o Terminal Vila Arens ou Terminal Aldo Marani.
Aldo Marani nasceu em Jarinu em 01/08/1937, filho de Ernesto Marani e Ida Musselli Marani, viveu na zona rural até 1956 quando mudou-se para Jundiaí. Aqui junto com seus dois irmãos, Fulvio e Oscar, fundou a Auto Ônibus Três Irmãos.
A AOTI tradicionalmente atendia a região leste da cidade, como os bairros: São Camilo, Vila Aparecida, Vila Nambi, Ponte São João, Jardim Tamoio, Jardim Pacaembu, Colônia e posteriormente Caxambu, além da Vila Rio Branco, cujo trajeto na ida e na volta atendia também a Ponte São João. Sua garagem era localizada na Avenida Antônio Frederico Ozanam, onde atualmente é a Piso Show. A empresa sempre foi reconhecida no setor de manutenção, onde há até a história de que seus mecânicos encontraram erros de projeto em chassis da Mercedes-Benz que resultavam na falta de freio dos ônibus. Nos anos 90 a Três Irmãos foi vendida à Viação Jundiaiense, que mantém até hoje a razão social da empresa, porém unificando as operações.
Aldo faleceu em 16 de Março de 1991, e no mesmo ano o Vereador José Crupe apresentou o projeto de Lei número 5561, para a denominação de “Aldo Marani” o terminal que viria ser construído em frente à estação ferroviária, entre a Praça Mauá e Rua Princesa Isabel. Assim o clássico ponto de partida de diversas linhas da cidade se tornaria um verdadeiro terminal de ônibus.
Após a construção, o terminal apresentava uma estrutura muito diferente da qual conhecemos hoje na cidade, o local era composto por diversos pontos de ônibus com abrigos simples do padrão CGF, compostos por uma estrutura metálica e telha de amianto. Os ônibus estacionavam em vagas de 45 graus. O terminal era aberto, pois na época não existia a integração tarifária. Próximo do Viaduto Sperandio Pelliciari existiam banheiros para motoristas, cobradores e passageiros. Este terminal foi construído de forma provisória, diante da necessidade da instalação de uma rotatória na Praça Mauá para o acesso dos veículos da Rua Barão do Rio Branco para a nova avenida. O terminal definitivo seria construído a partir do momento que o projeto dos terminais de integração estivesse concluído.
Nessa época alguns ônibus tiveram no letreiro os dizeres “ALDO MARANI”, porém o nome caiu em desuso em função da utilização do nome do bairro, “VILA ARENS”.
Com o projeto do SITU, história que contaremos em breve, a área foi totalmente reformada em 2004 e o nome do terminal se manteve. O novo terminal é o mesmo que se mantém até hoje, porém infelizmente não se vê claramente qualquer identificação da homenagem feita a Aldo. Os três irmãos Marani, fundadores da Três Irmãos são falecidos.
E aí, você sabia do verdadeiro nome do Terminal Vila Arens? Se gostou desse conteúdo compartilhe!
Texto revisado por George André Savy